Najila Trindade afirma em entrevista ao SBT: "fui vítima de estupro"


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A mulher que acusa Neymar de estupro concedeu sua primeira entrevista depois do episódio. Ela falou ao repórter Roberto Cabrini, do SBT, nesta quarta-feira (5).

A modelo Najila Mendes de Souza confirmou a versão de que foi agredida e sofreu violência sexual. “Fui vítima de estupro”, declarou.

Ainda de acordo com ela, o jogador pagou pelas despesas de sua viagem e hospedagem para Paris. Conformou que ficou claro que ela tinha interesse em manter relações sexuais com o atacante.

“A gente conversou, eu conversei com ele como uma pessoa comum. Eu queria, era com intuito sexual, era um desejo meu. Acho que ficou até claro pra ele isso. Ele perguntou quando eu poderia ir e eu disse: ‘no momento eu não posso, por questões financeiras’. Também por questão da minha agenda, meu trabalho, enfim. Daí ele sugeriu: ‘eu posso resolver isso'”, declarou.

A mulher disse que Neymar não tinha razão de fazer o que fez, pois ela estava lá e tinha o desejo de se relacionar com o jogador. “Quero justiça, pois não precisava me expor desse jeito”.

Najila disse que sentiu preconceito por parte de seu primeiro advogado, que acabou largando a causa porque alegou que a modelo mudou sua versão de agressão para estupro. “Ele deu a tender que eu não fui estuprada: ‘Deu porque quis’. Então, ele ia tirar essa parte e falar só em agressão, porque ele tinha as provas da agressão, que eram as fotografias”.

A modelo disse que conheceu Neymar por meio de uma rede social, no Instagram. Passaram a trocar mensagens, segundo ela, e depois de um tempo, “ele pediu meu Whatsapp e eu passei”. Najila reiterou que seu intuito era manter relações sexuais com o jogador.

Trechos da entrevista


“A gente começou a trocar carícias, ficar, se beijar. Aí ele me despiu, até aí foi consensual, tudo bem. Depois, ele começou a me bater: nos primeiros, eu falei ‘ok, tava tudo certo’, mas aí começou a machucar muito. Eu falei ‘para, está doendo’. Ele falou desculpa”.

“Ok, continuamos. Deitados na cama, rolando, eu falei: ‘você trouxe preservativo?’ ‘Eu não tenho’. Ele disse que não, e eu falei que não aconteceria nada além daquilo. Ele não respondeu, e nós continuamos”.

“Ele me virou, cometeu o ato e eu pedi para ele parar. Enquanto ele cometia o ato, ele continuava batendo na minha bunda violentamente. Eu virei depois, tudo muito rápido, em questão de segundos, depois me virei. Eu falei para, para, não. Eu falei. Ele não se comunicava muito, ele só agiu”.

“A partir do momento em que ele se tornou agressivo, a partir do momento que perguntei se ele tinha levado preservativo, ele falou que não e eu disse que não podíamos (fazer sexo).

Com o silêncio, eu entendi concordância. Quando ele me virou, ele já foi cometendo o ato, ele não entrou em um acordo. Ele tinha entendido que não iríamos além daquilo que estávamos fazendo”.

“Ele me segurou violentamente, me batendo, me obrigando a ficar lá. Foi sem preservativos que aconteceu a relação sexual.

Quando saí da cama, fui pro banheiro, não acreditei. Foi uma decepção. Não consegui falar, xingar, nada. Só fiquei em estado de choque”.

“Porque primeiro que tive que assimilar tudo. Todo o acontecimento. Quando ele saiu do quarto, eu comecei a entender tudo que aconteceu comigo e como ele foi estúpido, como foi ruim, como me violou e violentou”.

“Eu quis a minha justiça. Não acho que só porque estava a fim de ficar com ele que ele tinha que fazer aquilo comigo. No primeiro momento, não consegui reagir devido aos traumas, mas depois eu sabia que, se não falasse normalmente, ele não iria mais falar comigo. Não teria como provar o que ele fez comigo”.


Fonte: Revista Fórum

Tags : Najila Trindade, caso Neymar, entrevista de Najila no SBT, SBT Brasil, Roberto Cabrini, estupro

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